segunda-feira, 20 de junho de 2011

UM SER ANACRÔNICO

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 20 de junho de 2011.

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

(Rui Barbosa)

Realidade Cruel

Quantas e quantas vezes tento afastar-me dos temas políticos nacionais e internacionais e me dedicar somente ao estudo e pesquisa de questões relativas à Amazônia Brasileira que tanto me fascinam e que tanto amo. Infelizmente nossos dirigentes, em todos os níveis da administração pública, e a maioria de nossos formadores de opinião resolveram seguir a trilha das sombras e das trevas e maculam a consciência nacional de uma forma jamais vista na história desse país. Por isso, volta e meia, abandono minhas incursões pelas mágicas trilhas da hiléia e seus formidáveis caudais. Sou forçado a esquecer o cheiro agradável da brisa da madrugada e o som e as imagens sensuais das águas de um rio maroto seduzido pela lua que o assedia e cavalga buliçosa suas vagas. Preciso olvidar minhas navegações noturnas em que o céu e as águas se fundem num único, encantado e escuro firmamento onde apenas a “estrela guia” me orienta.

Anacronismo

Pertenço a uma época em que era mais importante ser do que parecer. Que era muito mais meritório dar do que receber. Que amar era tudo e que o “ficar” não fazia parte do dicionário. Que a honra e a dignidade eram mais importantes do que ostentar ou ter.

Faço parte de uma espécie em extinção. Que se emociona com pequenas coisas, como um aperto de mão, um abraço. Um sorriso amigo, um por do sol no Guaíba. Um obrigado que tem um significado maior que qualquer bem material.

Fico triste ao verificar que a Criatura esta se distanciando do Criador. Distanciamos-nos quando não estendemos a mão ao irmão que tanto precisa. Quando esquecemos o valor de uma flor, de um sorriso.

Fico triste ao verificar que os menos preparados e menos críticos se deixam envolver pelos maquiavélicos donos da verdade. Que a história reescrita pelos vencidos toma rumos tortuosos. Fico triste ao verificar quando omitem realizações e apontam somente os erros.

Estremeço ao pensar que toda uma geração venha sendo trabalhada para deixar de lado uma visão holística da humanidade e se enredar nas veredas incertas e sectárias dos manipuladores da verdade e da História.

Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da “Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM); Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com

E–mail: hiramrs@terra.com.br

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