quarta-feira, 16 de novembro de 2011

DR. RUI NOGUEIRA, UM COMBATENTE DE ESCOL!

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 16 de novembro de 2011.

Tive a grata satisfação de receber um telefonema do Dr. Rui Nogueira, ex-aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro, que costuma ler minhas matérias e, em especial, notícias do Projeto Desafiando o Rio-mar, cujo objetivo maior é mostrar a Amazônia Brasileira, sem os matizes pessimistas e mal-informados dos mercenários entreguistas nativos, nem as visões apocalípticas dos cobiçosos estrangeiros. Marcamos um encontro no Colégio Militar de Porto Alegre onde tivemos a oportunidade de desfrutar de sua companhia e de seu conhecimento invulgar das coisas e das gentes do nosso Brasil. O Dr. Rui se encontrava em Porto Alegre com o objetivo de lançar o livro “Medicina Social” e divulgar o livro “Resistir é Preciso” de sua autoria.

- Resistir é preciso!

Dr. Rui participou recentemente da Bienal do Livro em São Paulo. Seu estande ostentava orgulhosamente a bandeira do Brasil e a frase: “Resistir é preciso”. Ele conta, emocionado, que, lá pelas tantas, um indonésio de meia-idade aproximou-se e disse:

— Tomara que vocês consigam!

— Por que diz isto? — perguntei.

— Porque eu não sou brasileiro, apenas moro e trabalho aqui, e na minha terra não conseguimos resistir. Lá, fizeram tudo o que está acontecendo aqui, inclusive com o apagão. Quando abrimos os olhos, não tínhamos mais nada, tudo estava nas mãos de empresas estrangeiras. As transnacionais engoliram tudo.

- Tudo que se move e se transforma é energia

Fonte: Rui Nogueira é Médico Escritor pesquisador (rui.sol@ambr.com.br)

Aquele homem abriu minhas preocupações.

O apagão foi visível e até divulgado, mas a ocupação, o domínio das nossas empresas é disfarçado. As leis, criadas por pessoas que se venderam para o capital financeiro, permitem que uma empresa seja considerada brasileira apenas pelo fato de possuir um escritório no nosso país. Várias continuam com o mesmo nome, mas dominadas pelos interesses estrangeiros e até fazem propaganda enganosa de serem brasileiras apesar de inteiramente controladas pelo exterior.

O nosso sistema de produção de energia elétrica é o mais barato do mundo, utilizando hidroelétricas em todo território nacional, interligadas por redes de transmissão e planejadas para continuar funcionando mesmo com 5 anos sem chuvas. Bloqueando investimentos nas estatais, proibindo financiamentos do BNDES e segurando aumento de tarifas em época de inflação, além de aproveitar a formidável saúde econômica das estatais de energia para obter financiamentos externos usados para os pagamentos de juros da dívida, sem nenhuma aplicação no setor, o sistema foi fragilizado e permitiu, com a assessoria de consultoria estrangeira (inglesa), a privatização do sistema.

As empresas elétricas distribuidoras estatais foram privatizadas a preços irrisórios. Alguns exemplos: Gerasul, oriunda da Eletrosul — federal —, comprada pela Tractebel, ramo de energia da empresa do cartel das águas Suez. Tietê, oriunda da Cesp — estadual de São Paulo — para a AES. Coelce — estadual do Ceará —, através de vendas intermediárias, hoje na mão da Ampla, com sede na Espanha, mas controlada por grandes grupos financeiros, inclusive o Banco Mundial.

O trabalho de 50 anos do povo brasileiro, a partir da campanha do “Petróleo é nosso”, com a Petrobrás mantendo o país abastecido e desenvolvendo tecnologia pioneira de pesquisa em grandes profundidades, está passando para as mãos do cartel internacional do petróleo (só 32% das ações estão na mão do governo). A Petrobrás descobre bacias de petróleo e o investimento e trabalho dos brasileiros é transferido para estrangeiros terem lucros abusivos em absurdos leilões da ANP em que ela própria, às vezes, é excluída.

Resistir é preciso!

A Vale do Rio Doce, maior empresa de mineração estatal, desenvolvida com muito trabalho e sacrifício dos brasileiros, é transferida por valores insignificantes numa privatização muito questionada inclusive juridicamente. Agora tenta mudar de nome, passando a se chamar apenas Vale, querendo dar a impressão de que é uma empresa brasileira. Estão engolindo tudo. Qual o motivo de mudar a denominação? Fugir da crescente pressão pela reestatização?

O nosso sistema de comunicações é objeto de sucessivas negociações envolvendo muito dinheiro, concentrando em mãos estranhas todo o sistema. Não precisa ser nenhum estudioso para constatar a absurda exploração de que somos vítimas. Tarifas enormes e serviços virtuais precários. Temos que “gemer” para pagar as contas que sustentam acionistas distantes. Qual a vantagem?

Comprem óleo de soja sem ser da Bunge ou da Cargyll, estrangeiras. É difícil. Mesmo as embalagens que estão com rótulos de grande supermercado são produzidos pelas duas empresas. Com a palavra, o CADE.

Até clube de futebol tem sido ocupado por transnacionais. Alguns andaram levando um castigo e foram rebaixados! Seria, no dizer popular, “um castigo de Deus”?

A seleção brasileira de futebol está dominada por uma grande transnacional (Nike), explorando a nossa paixão pelo futebol.

Todas essas empresas não querem o nosso bem, querem os nossos bens.

Resistir é preciso!

Vamos aprender a boicotar as grandes empresas transnacionais ou estaremos fadados a um grande período de escravidão, mergulhados num sórdido mercantilismo colonial e monetário.

- Blog e Livro

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br - E–mail: hiramrs@terra.com.br

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