segunda-feira, 4 de junho de 2012

A ALTA DO DÓLAR

Por Paulo Barretto
                        A crise financeira de 2.008 nos Estados Unidos, gerada pela especulação de imobiliárias e dos grandes bancos, provocou uma quebradeira geral nas instituições financeiras e teve reflexos negativos na economia mundial.
                                   A única solução encontrada pelo Tesouro e Banco Central dos Estados Unidos para salvar o sistema financeiro foi fazer funcionar a ”maquininha” e derramar pelo mundo inteiro dólares “frios”, sem o lastro correspondente.
                                   O resultado não podia ser outro. A inundação de dólares no mercado mundial desvalorizou a moeda americana e fez crescer, artificialmente, o valor das moedas de todos os demais países.
                                   O Brasil também sofreu as consequências. O dólar americano que valia R$ 2.307,00 em janeiro de 2009 caiu para R$ 1.667,00 em janeiro de 2011, uma desvalorização de 38.7%%. As exportações caíram porque os preços dos nossos produtos subiram e perderam a condição de competir em igualdade de condições com os similares dos países importadores.
                                  Para agravar ainda mais a situação, as importações cresceram com a desvalorização do dólar, prejudicando a atividade econômica interna. Muitas empresas nacionais reduziram suas atividades e outras foram obrigadas a fechar as portas.   
                                   Hoje, a boa notícia é que o dólar voltou a ficar próximo de seu valor ideal, entre 2.05 a 2.10 reais. Tudo leva a crer que agora as exportações vão crescer e as importações encolher. A produção interna vai aumentar para atender uma exportação maior e preencher o espaço no mercado interno em razão de uma importação menor. O saldo da balança comercial deve subir, o PIB será maior e mais empregos serão criados.               
                                  Alguns industriais dizem que o dólar mais caro vai aumentar o custo de alguns insumos importados. Na maioria dos casos pode haver substituição por similares nacionais que terão preços competitivos com a alta do dólar.
                                  Quando isso não for possível, por nos faltar ainda conhecimentos técnicos em algumas áreas, a alternativa será atrair empresas multinacionais para instalar suas fábricas aqui e, se possível, em parceria com indústrias nacionais, mas sempre com transferência de tecnologia.
                                  O custo alto do dólar vai ajudar a resolver outra questão importante. De uns tempos para cá a população brasileira criou uma compulsão por viagens ao exterior. Somente este ano já foram gastos cerca de 12 bilhões de reais pelos turistas brasileiros e até o final do ano estima-se que essa quantia poderá subir para 30 bilhões de reais.
                                  A maioria que viaja para o exterior é da classe média. A moda entre os turistas nativos é comprar pacotes fechados e parcelar o pagamento. Um casal que viaje com dois filhos para Europa ou Estados Unidos e lá permaneçam por quinze dias vai gastar, sem comprar ”lembrancinhas”, em torno de cinquenta mil reais, Mas, isso não é o normal, porque a regra é levar euros e dólares para compras. O comum e voltar com as malas cheias de quinquilharias e muitas contas para pagar.
                                  O curioso é que boa parte dos turistas não possui sequer casa própria, mas prefere gastar em viagens caras e dar vazão a uma tendência para o esnobismo. Agora, com a alta do dólar e do euro é provável que o turismo para o exterior diminua e fique limitado às classes rica e média alta e as demais retornem ao turismo interno, gastando seu rico dinheirinho por aqui mesmo.(19/05/2012).     fabricores estrangeiros que se disponhamsso n

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