quarta-feira, 13 de junho de 2012

A ESPERANÇA DECRESCENTE


Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 21 de maio de 2012.
Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.
Mais uma vez, julgo oportuno divulgar as considerações de meu Amigo e Mestre Coronel Gélio Augusto Barbosa Fregapani.
-  Comentário 134, 20 de maio de 2012
A Esperança Decrescente
A Presidente Dilma recebeu uma bomba de efeito retardado. Não é que o Lula tenha sido de todo ruim; seu assistencialismo, (bolsas, subsídios etc.) mantiveram a nossa agricultura, indústria e comércio funcionando, enquanto a economia mundial desmoronava. Entretanto não é possível manter esse assistencialismo por muito tempo a não ser que o Estado disponha de uma renda extra como a Arábia com o petróleo. Pior ainda, com a corrupção generalizada e com a incompetência dos companheiros de sindicatos, elevados aos mais altos postos, a alta administração federal rumava para o caos. Mudar o rumo, reconheçamos, era uma tarefa difícil.
Mesmo herdando o Governo em dissolução – com o Legislativo desmoralizado, o Judiciário voltando-se contra a moralidade e mesmo contra a unidade Nacional e o Executivo loteando os Ministérios entre ladrões para garantir o apoio, é forçoso reconhecer que a Presidente em poucos meses se transformou numa esperança, e com o tempo foi conquistando a confiança. Além dos ensaios de faxina, tomou corajosas e oportunas medidas em defesa da industrialização - taxando os importados; reduzindo os juros (taxa Selic) e outras saudáveis medidas, a última das quais, o quase despercebido projeto Brasil Carinhoso, atenuará o maior perigo que corremos: o encolhimento e envelhecimento da população.
Brasil Carinhoso: o governo pagará um adicional ao Bolsa Família para atender as famílias com crianças de 0 a 6 anos e 11 meses que possuam renda familiar inferior a R$ 70,00 por integrante.
Conseguiu corrigir muitos dos perigosos rumos do governo anterior. Seus erros, tipo doações à Cuba e Palestina de recursos carentes no próprio País ficaram eclipsados pelo bom momento econômico, ao qual ela contribuiu com mentalidade progressista, e principalmente impedindo ao IBAMA de paralisar as obras de infra-estrutura. Mais do que esperança, criou confiança Será uma lástima se puser tudo a perder por medidas que reabrem feridas e reacendem a chama do ódio.
O País estava se aproximando da união entusiasmada, com uma euforia somente vista nas épocas de Juscelino e Médici, quando havia auto-estima, orgulho e principalmente união e confiança no governo. Lamentavelmente a infeliz divisão racial provocada pelas cotas criou certa ruptura, mas a culpa disto não pode ser atribuída à presidência, e sim ao STF, mas a operacionalização da Comissão da “Verdade” acabou com a confiança dos militares no governo, gerando um potencial de destruir a disciplina das Legiões, um dos dois pilares que sustentam qualquer governo, (eles são a disciplina militar e o apoio popular). É possível que a Comissão venha a agir com isenção, mas a esperança é pequena. É verdade que não foram escolhidos os mais radicais inimigos das Forças Armadas – Greenhalg, Tarso Genro, Nimário, Vanucchi etc, mas nem por isto a maioria dos membros da Comissão deixa de ser de partidários e haverá sempre a suposição que estarão tentando comer pelas beiradas. Com razão, os militares nacionalistas julgam nefasta a Comissão. A pressão da OEA para punições visa basicamente desmantelar nossas Forças Armadas e só o Governo não percebe isto, cego pelo viés ideológico que se supunha ultrapassado.
Lógico, neutralizando os militares fica mais fácil manter o Brasil como uma colônia de exploração para proveito dos esquemas globalitários.
O outro pilar de sustentação do Governo, o apoio popular, depende principalmente da situação da economia, e a nossa, atualmente, depende da produção agrícola. Portanto Senhora Presidente, pense antes de vetar o Código Florestal. (...)
Antes ainda do final do mês saberemos a decisão governamental sobre o Código; um veto total imediatamente afastará o mundo rural do governo, e seu efeito (o preço dos alimentos), poderá, em poucos meses, criar tal insatisfação popular que propicie ambiente para revolta. Sem apoio popular e sem disciplina militar nenhum governo se sustenta. Esperemos que isto não aconteça simultaneamente com as exigências estrangeiras sobre nossos recursos naturais.
Que Deus guarde ao nosso País
Gélio Fregapani
Livro
O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (httP://www.livrariacultura.com.br) e na AACV – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

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