domingo, 10 de fevereiro de 2013

QUANDO A PASSIVIDADE ANULA O CONHECIMENTO

Sexo? Nexo? Nada de complexo: tudo com amplexo! - Gudé
Por José Eugênio Maciel
“Conte-me, e eu vou esquecer. Mostre-me, e eu vou lembrar.
Envolva-me, e eu vou entender”.
Confúcio
Stephen Kanitz in Revista VEJA
                      
Através da escola, professores, funcionários, estudantes e pais devem manter uma relação de envolvimento com todo o processo educacional. O conhecimento é a palavra-chave: a razão de ser do ensinar/aprender.
         O conhecimento não brota vigorosamente caso o solo onde sejam lançadas as suas sementes (o que se ensina) seja de uma aridez tamanha que se caracterize infértil. Até mesmo as melhores sementes (todo o patrimônio do conhecimento caracterizado por uma multiplicidade de saberes) não se tornarão frutos se não forem devidamente acolhidos.
                  A infertilidade do solo se chama passividade, pois é a passividade o grande causador para que o conhecimento não se produza. Primeiramente cabe ao professor - antes mesmo de ensinar - não ser passivo, mas sim se colocar diante do conteúdo que ministrará de modo crítico, é ele que precisa se convencer que sabe o suficiente para se tornar capaz de acrescentar o conhecimento adquirido com o que ele já sabe e o que juntos tal experiência pode proporcionar, no caso acrescentar ao conhecimento já existente a inovação do próprio conhecimento.
                  De nada adiantará um bem preparado professor se não existir por parte do estudante uma atitude que vá além de ser meramente alguém que recebe estaticamente o que lhe é ensinado. Caso o estudante seja passivo, será também como solo infértil, nada brotará, sequer o conhecimento acumulado pelo professor feito boa semente, que não vingará, morto antes de germinar porque a passividade é aridez e praga ao mesmo tempo.
                 Uma das características maiores do conhecimento é a sua dinamicidade, é quando ele carece de ser acrescido, o que se chama evolução.
               Além disso, o professor não poderá jamais ser ofendido quando é comum alguém na sala de aula, já no primeiro dia, lhe perguntar “para que serve esta matéria?”, caso o professor efetivamente não tenha refletido o suficiente para responder antes de tudo para si mesmo, ele faltamente estará envolto numa passividade que precisará urgentemente ser afastada dele mesmo, questionamento que não pode ser levado como ofensa, mas como desafio, desafio diante de todo o conhecimento, antes mesmo de ele ser apresentado, pois “o para que serve” é tão importante quanto o conteúdo a ser ensinado, na junção salutar entre teoria e prática, não necessariamente nesta ordem.
Imagens da Internet - fotomontagem PVeiga.

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